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Formação para apoios e catequistas

 

 

As qualidades de um catequista....

 

1. O catequista deve ter uma espiritualidade profunda de adesão a Jesus Cristo e à Igreja. Deve testemunhar por sua vida, seu compromisso com Cristo, a Igreja e sua comunidade. Deve ser uma pessoa de oração e alimentar sua vida com a Palavra de Deus.

2. Deve ser uma pessoa integrada na sua comunidade. A catequese, hoje, deve ser comunitária.

3. O Catequista precisa de uma consciência crítica diante de fatos e acontecimentos. Deve levar a comunidade à reflexão sobre a sua realidade, à luz da Palavra de Deus.

4. Ter sempre uma atitude de animador. Saber ouvir e dialogar, caminhando junto com a comunidade.

5. O catequista deve conhecer a fundo a mensagem que vai transmitir. Deve conhecer a Bíblia e saber interpretá-la; deve saber ligar a vida à Palavra de Deus e vice-versa.

6. O catequista precisa ter também certas qualidades “humanas”:
- ser uma pessoa psicologicamente equilibrada;
- saber trabalhar em equipe, ter uma certa liderança e ser criativo;
- ser uma pessoa responsável e perseverante. Responsabilidade e pontualidade são necessárias;
- ter amor aos catequizandos e ter algumas noções de psicologia, didática e técnica de grupo;
- sentir dentro de si a vocação de catequista.

7. O catequista deve cuidar constantemente da sua formação. Nunca pode dizer que está pronto para sua tarefa. Precisamos de uma formação permanente:
- através de dias de encontro, reflexão e oração com os catequistas da sua comunidade;
- planejando e programando junto com os outros, ajudando-se assim mutuamente;
- participando de cursos dentro da própria comunidade ou paróquia,ou fora;
- lendo bastante, atualizando-se sempre, estudando os documentos da Igreja sobre catequese e outros assuntos atuais;
- formando o grupo dos catequistas.

8. Outras qualidades:

Ninguém nasce catequista. Aqueles que são chamados a esse serviço tornam-se bons catequistas através da prática, da reflexão, da formação adequada, da conscientização de sua importância como educadores da fé.

O catequista exerce um verdadeiro ministério, isto é, um SERVIÇO. E como nos diz o documento Catechesi Tradendae (A Catequese Hoje) a “atividade catequética é uma tarefa verdadeiramente primordial na missão da Igreja”.

O catequista não age sozinho, mas em comunhão com a Igreja, com o grupo de catequistas. O grupo de catequistas expressa o caráter comunitário da tarefa catequética. E com o grupo que ele revê suas ações, planeja, aprofunda os conteúdos, reza e reflete.

O catequista necessita das seguintes qualidades:

• Ser uma pessoa com equilíbrio psicológico;

• Ter capacidade de diálogo, criatividade e iniciativa, saber trabalhar em equipe;

• Ser perseverante, pontual e responsável;

• Ser participativo, engajado nas atividades da paróquia, da comunidade e ter espírito de serviço;

• Ter vida de oração, leitura e meditação diária da Palavra de Deus;

• Ter espírito crítico e discernimento diante da realidade;

• Ser capaz de respeitar a individualidade de cada pessoa.

Isso não significa que exista uma pessoa que tenha todas essas qualidades, mas que devemos procurar desenvolvê-las no nosso dia-a-dia, pois se somos chamados, escolhidos por Jesus, Ele nos dá a graça para alcançá-las.”

9. Uma paróquia onde não se prega a vivência de Jesus Vivo e Sacramentado e sim um Cristo histórico, como numa escola de catecismo, sem a preocupação de se criar um amor entre o catequizando e Deus.

Veja que o que é proposto pelas diretrizes, digamos, é o modelo ideal, o ápice de uma catequese renovada e cumpridora do papel de evangelizadora. E, neste ponto, entramos num campo mais delicado e surge uma dúvida: ‘Como praticar e ser fiel a este modelo?’

Acredito que para começarmos a alcançar esta meta é nessecerário insistir na:

HUMILDADE e MISERICÓRDIA

Ninguém sabe tudo. Um catequista soberbo que não está aberto a uma formação continuada, está fora da vida sacramental (liturgia, confissão, etc), como poderá testemunhar e enfim, convencer aos catequizandos do amor de Deus? Humildemente devemos reconhecer nossas limitações e que devemos estar em constante RENOVAÇÃO. Não confunda com INOVAÇÃO, ou seja, mudança métodos ou de imagem, por exemplo quando você compra uma roupa nova você está apenas inovando seu visual e está APARENTEMENTE bonita mas não há mudança real na pessoa que continua a mesma antes da roupa nova. RENOVAR é trao: ‘Catequista, tu és meu amigo, tu me amas?’ Reflita a passagem no Evangelho de João capítulo 21, versículos de 15 a 19.

‘E se o catequista não quer viver, estudar ou se deixar moldar por este modelo?’ Digo tanto para aquele que faz a pergunta e para aquele que lhe é dirigido: usai da MISERICÓRDIA.

Nossa mãe Igreja Católica é sábia. E nos dá o caminho a pensformar de dentro para fora, é fazer tudo novo, reestruturado, melhorado. E para isso, estudo e vivência da Palavra de Deus, dos Sacramentos e da Doutrina da Igreja é fundamental, para que renovada, a pessoa sempre busque no dia-a-dia viver com ardor e paixão a vocação de catequista, pois nós amamos aquilo que conhecessemos. E quando temos um grande amigo, falamos com nossas ações o amor que temos por ele. Perguntrcorrer ensinando-nos: “As obras de misericórdia são as ações caritativas pelas quais socorremos o próximo em suas necessidades corporais e espirituais. Instruir, aconselhar, consolar, confortar são obras de misericórdia espiritual, como também perdoar e suportar com paciência. As obras de misericórdia corporal consistem sobretudo em dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem te sede, dar moradia aos desabrigados, vestir os maltrapilhos, visitar os doentes e prisioneiros, sepultar os mortos. Dentre esses gestos de misericórdia, a esmola dada aos pobres é um dos principais testemunhos da caridade fraterna. É também uma prática de justiça que agrada a Deus” (CIC 2447)

Medite: “O verdadeiro desenvolvimento abrange o homem inteiro. O que importa é fazer crescer a capacidade de cada pessoa de responder à sua vocação, portanto, ao chamamento de Deus.” (CIC 2461)

Deus lhe abençoe amigo(a) catequista!

‘Não vos conformeis com o mundo!’ Conf. Rm 12, 2

 

O catequista ideal e aquele que....

 

- Não pode ser o (a) dono (a) da verdade nem do saber.

- Não pode confundir ENCONTRO de Catequese com AULA de Catecismo.

- Tem que arranjar tempo e disposição para participar dos encontros de PREPARAÇÃO, PLANEJAMENTO e AVALIAÇÃO da Catequese.

- É pessoa que REZA (oração pessoal, com os demais catequistas, com os catequizandos e nos encontros litúrgicos de preferência sempre com as crianças).

- É uma pessoa que ESTUDA, REFLETE. Participa de cursos, busca constante atualização.

- Cultiva o espírito de EQUIPE; faz questão de trabalhar em equipe; nas coisas práticas, sempre procura agir de acordo com aquilo que foi resolvido em comum.

- É uma pessoa PONTUAL. Até se antecipa à chegada das crianças e é o último a sair. Os momentos antes e após o encontro de catequese com as crianças, são momentos preciosos para melhor conhecer e fazer amizade com as mesmas.

- Não tem “direito” de perder a paciência nem com o catequizando, nem com os familiares. Gritos, xingatórios, são anti-catequéticos.

- Procura sempre dar apoio e conviver fraternalmente com os colegas de Pastoral.

- Procura fazer todo possível para não prejudicar o andamento da Família. Pelo contrário, capricha mais para que todos se sintam felizes.

- Cria, inventa mas sempre com o objetivo de melhor transmitir a Mensagem proposta para aquele dia.

- Tem estima sagrada pela IGREJA, pela BÍBLIA, pela EUCARISTIA, entre outras coisas!

 

Formaçâo para Catequistas

Perseverança: uma pastoral ainda esquecida

 

Bem, eis uma situação inda bem frequente em nossas Arquidioceses.

 

Infelizmente essa afirmação vem sendo cada vez mais vista em nossa amada Igreja nos últimos anos. Após as crianças receberem a Primeira Comunhão, a catequese deveria ser continuada em um novo grupo voltado para esse outro “degrau” de Evangelização, a chamada Perseverança. Em algumas comunidades esse grupo também é chamado de “Mini-Jovem”.

 

• Mas porque essa Pastoral não vem tendo uma atenção especial por parte das Dioceses e Paróquias?

 

Bem, essa é a pergunta que precisa ser vista, e resolvida! É evidente que não podemos generalizar, mas, em esfera nacional, essa pastoral vem ficando a margem das demais. Depois da Primeira Comunhão essas crianças só retornam na época de preparação para a Crisma, aos 15 anos, porém, esse “vácuo” de 5 a 6 anos acaba sendo muito prejudicial para a formação espiritual desses jovens. Grande parte dessas crianças acaba não retornando mais ao convívio da comunidade. A vivência da Fé acaba enfraquecendo.

 

E não podemos esquecer que é nesse período da vida que as pessoas passam por grandes questionamentos, dúvidas em relação a tudo, agressividade, mudanças e descobertas, pois não estão amadurecidos. A participação em um grupo religioso torna-se essencial para que a fé desses jovens não seja minada pelo mundo nem pelas malícias do tentador.

 

A Perseverança entra nesse espaço, dedicando-se a todas as crianças e adolescentes que já fizeram a Primeira Comunhão com até 14 anos de idade. Como esse grupo não visa sacramento em si, como ocorre na Crisma, por exemplo, é necessário que os encontros da perseverança sejam bem dinâmicos; com temas doutrinais um pouco mais profundos; temas sociais que tenham a ver com a faixa etária deles; com uso de música, animação; encontros com outras comunidades, eventos, atividades sociais... Enfim, atividades de cativem a permanência desse jovem na comunidade. Daí vem seu nome, pois é na perseverança que essas crianças irão amadurecer e sentir-se cada vez mais parte da comunidade.

 

Esse grupo ajuda muito no engajamento da criança na paróquia, dá continuidade à vida cristã das crianças e faz com que elas tenham uma identidade maior com a comunidade e com a Igreja, colaborando para uma educação permanente na fé daqueles que já passaram pela Catequese Eucarística e fazer com que eles permaneçam até chegar a época de se preparar para o próximo sacramento de Iniciação Cristã, a Crisma.

 

Bem, os problemas mais vistos são a falta de catequistas de perseverança, a falta de livros e materiais específicos a disposição do catequista, cursos de formação, a ausência de participação ativa do sacerdote auxiliando nesse chamado das famílias para que as crianças e adolescentes entrem na pastoral, falta de espaço físico nas igrejas (horários, salas...), falta de atividades e eventos para essa faixa etária, dentre outras dificuldades.

 

Em alguns organogramas das igrejas vemos: Pastoral do Batismo, Pastoral da Catequese, Pastoral da Crisma, Grupo Jovens... Mas e a Perseverança? Alguns dizem que ela está vinculada à catequese, o que não estaria totalmente errado, entretanto, essa pastoral tem outro objetivo, não visa sacramento, trabalhará com esses “mini-jovistas” por alguns anos e não pode ser tratada nem deve ter encontros iguais à catequese de primeira comunhão porque essas crianças devem ver nessa nova pastoral, novidades e temas mais profundos e diferentes.

 

• Então, como uma paróquia pode melhorar esse cenário?

 

  •  

    O sacerdote pode formar um grupo de catequistas, adquirir livros de apoio de Perseverança para fornecer aos catequistas.

  •  

    Deve-se criar um calendário específico aonde os encontros semanais possam reforçar a formação católica e a espiritualidade através de: músicas, pregações, brincadeiras novas, momentos de oração, animação, lazer, eventos, confraternizações, coral, atividades em grupo, debates sobre temas diversos, dinâmicas, visitas a instituições carentes, dentre outros.

  •  

    A paróquia pode organizar cursos de formação de catequistas focando a Catequese Renovada, com encontros dinâmicos e não “aulas” similares ao colégio...

  •  

    A paróquia pode procurar saber se há cursos de formação para catequistas de perseverança na forania, diocese ou arquidiocese visando assim, preparar melhor os catequistas para essa pastoral. Aproveitar as fichas de inscrição das crianças da catequese para o envio de cartas para a casa desses jovens chamando para a perseverança, também durante as reuniões de pais das turmas de 2º ano já ir apresentando a pastoral aos pais.

  •  

    Com a pastoral formada, escolher um slogan e um nome para o grupo, os quais podem ser vistos pelo próprio grupo.

 

Lembro que a catequese está presente em todas as idades e deve ser uma trajetória CONTÍNUA de Educação na Fé.

 

Caríssimo leitor, a pastoral da perseverança é um grupo adolescente, que busca um novo amanhã. Porém, sabemos da importância de estarmos plantando-o hoje, para que ele possa nos dar muitos frutos. Viver é caminhar; todavia, sem perseverança, a nossa caminhada se torna difícil. E quando estamos em grupo, nos tornamos soldados de Cristo, mais firmes na Fé, partilhando todas as pedras e colhendo todas as flores em nossa vida.

 

Ser jovem é construir um mundo melhor, mas tudo depende do nosso SIM hoje. Faça florescer essa pastoral em sua paróquia. Se ela já existe, torne-a mais participante, forme melhor os seus catequistas, busque dinamizar os encontros, pois com certeza os frutos serão maravilhosos!

 

Juberto Santos

 

"Pois vos é necessária a perseverança para fazerdes a vontade de Deus e alcançardes os bens prometidos." (Hb 10, 36)

 

Mãos à obra!!!

 

 

A FORMAÇÃO PARA O SERVIÇO DA CATEQUESE

 

 

1. Necessidade da formação catequética

A formação dos catequistas é atualmente uma das tarefas mais urgentes de nossas comunidades, pois, “o catequista é de certo modo, o intérprete da Igreja junto aos catequizandos” (DCG 35).
“Qualquer atividade pastoral que não conte para sua realização, com pessoas realmente formadas e preparadas, coloca em risco a sua qualidade” (DGC 234), portanto, é preciso contar com uma adequada pastoral de catequese que possa:
· suscitar vocações para a catequese;· distribuir melhor os catequistas entre os diversos setores;· organizar a formação dos catequistas (de base e permanente);· atender pessoal e espiritualmente os catequistas e formar um grupo de catequistas integrado à vida da comunidade.
O objetivo principal da formação do catequista é o de prepará-lo para comunicar a mensagem cristã, àqueles que desejam entregar-se a Jesus Cristo. A finalidade da formação requer, portanto, que o catequista se torne o mais capacitado possível a realizar sua missão.

2. Critérios para a formação do catequista

O Diretório Geral para a Catequese no nº 237, apresenta alguns critérios inspiradores para formação do catequista: · formar catequistas com fé profunda; clara identidade cristã e eclesial; profunda sensibilidade social;· capazes de transmitir não apenas um ensinamento, mas também uma formação cristã integral, desenvolvendo “tarefas de iniciação, de educação e de ensinamento”. São necessários catequistas que sejam ao mesmo tempo, mestres, educadores e testemunhas. · capazes de superar “tendências unilaterais divergentes” e de oferecer uma catequese plena e completa. Isto é, precisamos saber conjugar fé e vida, num sentido social e eclesial.· há também necessidade de se investir na formação específica para o leigo, grande maioria na catequese.· e, por último, o DGC aponta para a importância fundamental da formação pedagógica. “Seria muito difícil para o catequista improvisar, na sua ação, um estilo e uma sensibilidade para os quais não tivesse sido iniciado durante a sua própria formação.” (DGC 237).

3. Dimensão da formação

Além dos critérios inspiradores, a formação do catequista possui as seguintes dimensões: SER, SABER E SABER FAZER.
“A mais profunda se refere ao próprio ser do catequista, à sua dimensão humana e cristã. A formação de fato deve ajudá-lo a amadurecer, antes de mais nada, como pessoa, como fiel e como apóstolo. Depois há o que o catequista deve saber para cumprir bem a sua tarefa. (...) Enfim há a dimensão do saber fazer, já que a catequese é um ato de comunicação. A formação tende a fazer do catequista um “educador do homem e da vida do homem” (DGC 238).
O catequista precisa estar em contínua formação humana e cristã. Por isso, não bastam os cursinhos de início de ano. Estes são muito mais momentos de sensibilização para o trabalho catequético e não indicadores de que, ao participar destes encontros, o catequista esteja em condições de realizar bem a tarefa pastoral.

4. Elementos da formação

A formação deve levar em conta o duplo movimento de fidelidade: a Deus e ao homem.
DOUTRINAL
BÍBLICA LITÚRGICA Fidelidade a Deus
ESPIRITUAL
FORMAÇÃO
PEDAGÓGICA
ANTROPOLÓGICA SOCIOLÓGICA Fidelidade ao homem
METODOLÓGICA

A missão que o Catequista é chamado a realizar exige:
a) intensa vida sacramental e espiritual;
b) familiaridade com a oração;
c) profunda admiração pela mensagem cristã;
d) uma atitude de caridade, humildade e prudência que permita ao Espírito Santo realizar sua obra fecunda nos catequizandos.

Sendo a catequese um processo permanente de educação da fé, também a formação do catequista deve ser permanente, pois o catequista terá sempre coisas para aprender em toda a sua vida. “Além de testemunha, o catequista deve ser mestre que ensina a fé. Uma formação bíblico-teológica lhe fornecerá um conhecimento orgânico da mensagem cristã articulada a partir do mistério central da fé, que é Jesus Cristo” (DGC 240).

5. Conteúdos a serem aprofundados
O conteúdo desta formação doutrinal é exigido pelas diversas partes que compõem todo o projeto orgânico de catequese:
As três grandes etapas de história da salvação: Antigo Testamento, Vida de Jesus Cristo e História da Igreja;Os grandes núcleos da mensagem cristã: Símbolo, Liturgia, Vida Moral e Oração.
A Sagrada Escritura deverá ser como a alma desta formação e o Catecismo da Igreja Católica o ponto de referência doutrinal fundamental, juntamente com os materiais catequéticos publicados na Arquidiocese. Além disso, precisamos conhecer os documentos do Magistério da Igreja. A leitura e reflexão destes livros deverão estar sempre presentes na vida do catequista.
Para uma formação integral, “é necessário que o catequista entre em contato, pelo menos, com alguns elementos fundamentais da psicologia (...) As ciências sociais procuram o conhecimento do contexto sócio-cultural em que o homem vive e pelo qual é fortemente influenciado” (DGC 242).
Além destes conhecimentos, precisamos aprender alguns elementos da ciência da comunicação: dinâmicas de grupo, utilização dos recursos didáticos e meios audiovisuais e também aproveitar das riquezas da informática.
Por fim, é importante que o catequista conheça o valor do planejamento, da avaliação e alguns princípios de metodologia.
Como se vê, a formação do catequista é algo complexo e dinâmico. Precisamos de humildade e entusiasmo para aprender sempre.

6. Sugestões de atividades formativas

Não podemos esquecer que a formação do catequista acontece, em primeiro lugar, na comunidade cristã. “É nesta que os catequistas experimentam a própria vocação e alimentam constantemente a própria sensibilidade apostólica”(DGC 246).
Para isso o coordenador procurará...
... motivar o grupo de catequistas para reuniões semanais de preparação dos encontros catequéticos. Deve-se ver o melhor dia e horário para cada grupo (catequese infantil, iniciação eucarística, perseverança, adultos, especial, ...), ainda que sejam em dias diferentes para cada grupo.
Daí a necessidade de haver coordenadores específicos para cada grupo.
... garantir um encontro mensal para o “grupão” de catequistas se reunir e aprofundar algum tema necessário para a sua formação integral;
... incentivar a participação dos catequistas em cursos de outras paróquias, ou em encontros formativos da região, vicariato e arquidiocese.
Vamos aprender a trabalhar com representatividade? Se não der para enviar todos, insista para que, ao menos um catequista esteja presente nestes momentos e torne-se agente multiplicador na comunidade.
... não esquecer dos auxiliares e também de catequistas de outros núcleos (capelas, condomínios, escolas,...). Ainda que realizem a catequese em lugares diferentes, todos trabalham na mesma paróquia e merecem a mesma qualidade de formação.
... incentivar a participação dos catequistas nas Escolas de Fé e Catequese da Arquidiocese, especialmente o “Luz e Vida”, seguido da “Mater Ecclesiae”.
"Formar os formadores", este deve ser uma meta constante da equipe de coordenação da catequese. Logo, a formação “possibilitará o crescimento do catequista no equilíbrio afetivo, no senso crítico, na unidade interior, na capacidade de relações e de diálogo, no espírito construtivo e no trabalho de grupo” (DGC 239). É necessário “integrar o conhecimento numa vida correta, inspirada pelos valores do Evangelho para anunciar a Palavra de Deus, é a meta do catequista” (Me. Ma. Helena Cavalcanti).

7. Conclusão:

Ninguém nasce catequista. Aqueles que são chamados a esta missão tornam-se bons catequistas através da prática, da reflexão e da preparação adequada. Para colaborar na formação de discípulos de Cristo, o catequista deve ser, em primeiro lugar, um discípulo amoroso, humilde, alegre e fiel.
A fé foi colocada por Deus no coração do homem. A tarefa do catequista é a de cultivar este Dom, alimentá-lo e ajudá-lo a crescer primeiro em seu coração para que deixe transbordar esta experiência de vida cristã para os irmãos.

Siglas utilizadas:
DCG – Diretório Catequético Geral, Sagrada Congregação para o Clero, 1971.
DGC – Diretório Geral para a Catequese, Sagrada Congregação para o Clero, 1997.

  

Orientações Gerais da Campanha

 

Tempo quaresmal e CF

Celebrar a Quaresma é reconhecer a presença de Deus na caminhada, no trabalho, na luta, no sofrimento e na dor da vida do povo! A Quaresma é tempo forte de conversão, de mudança interior, de graça e de salvação. Preparamo-nos para viver, de maneira intensa, livre e amorosa, o momento mais importante do ano litúrgico e da história da salvação: a Páscoa. A espiritualidade quaresmal é caracterizada também por atenta e prolongada escuta da Palavra de Deus. Ela ilumina a vida e chama à conversão, infundindo cobrança na misericórdia de Deus. No Brasil, a dimensão comunitária da Quaresma é vivenciada e assumida pela CF. A cada ano, a Igreja destaca uma situação da realidade social que precisa ser mudada. A CF ilumina, de modo particular, os gestos fundamentais desse tempo litúrgico: a oração, o jejum e a esmola.

Por meio do exercício da oração, pessoal e comunitária, as pessoas tornam-se sempre mais abertas e disponíveis às iniciativas da ação de Deus.O jejum e a abstinência de carne expressam a íntima relação existente entre os gestos externos da penitência, mudança de vida e conversão interior.A esmola confere aos gestos de generosidade humana uma dimensão evangélica profunda, que se expressa na solidariedade. Coloca a pessoa e a comunidade face a face com o irmão empobrecido e marginalizado, para ajudá-lo e promovê-lo.

 

Para celebrarmos melhor o tempo litúrgico da Quaresma, valorizando a CF, poderemos responder às seguintes perguntas:

 

• Quais os sinais de pecado e de morte que marcam mais a nossa comunidade atualmente?

 

• Quais os sinais de vida e ressurreição que gostaríamos que aparecessem entre nós?

 

• Como ligar esses sinais com o mistério que celebramos?

 

• De que maneira podemos encaminhar a CF e as celebrações da Quaresma, para que ajudem a comunidade a melhor celebrar a Páscoa?

 

• Como sentimos o tema proposto pela CF em nosso bairro, cidade ou região? Qual será o gesto concreto?

 

 Natureza e histórico da CF

 

 

Em 1961, três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira ideali-zaram uma campanha para arrecadar fundos para as atividades assistênciais e promocionais da instituição e torná-la, assim, autônoma financeiramente. A atividade foi chamada Campanha da Fraternidade e realizada, pela primeira vez, na Quaresma de 1962, em Natal (RN), com adesão de outras três dioceses e apoio financeiro dos bispos norte-americanos. No ano seguinte, dezesseis dioceses do Nordeste realizaram a Campanha. Não teve êxito financeiro, mas foi o embrião de um projeto anual dos Organismos Nacionais da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil, realizado à luz e na perspectiva das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral (Evangelizadora) da Igreja em nosso País.Em seu início, teve destacada atuação o Secretariado Nacional de Ação Social da CNBB, sob cuja dependência estava a Cáritas Brasileira, que fora fundada no Brasil, em 1957. Na época, o responsável pelo Secretariado de Ação Social era dom Eugênio de Araújo Sales, e por isso, presidente da Cáritas Brasileira. O fato de ser administrador apostólico de Natal (RN) explica que a Campanha tenha iniciado naquela circunscrição eclesiástica e em todo o Rio Grande do Norte. Esse projeto foi lançado, em nível nacional, no dia 26 de dezembro de 1963, sob o impulso renovador do espírito do Concílio Vaticano II, em andamento na época, e realizado pela primeira vez na Quaresma de 1964. O tempo do Concílio foi fundamental para a concepção, estruturação e encaminhamentos da CF, do Plano de Pastoral de Emergência, do Plano de Pastoral de Conjunto e de outras iniciativas de renovação eclesial.

Ao longo de quatro anos seguidos, por um período extenso em cada um, os bispos ficaram hospedados na mesma casa, em Roma, participando das sessões do Concílio e de diversos momentos de reunião, estudo, troca de experiências. Nesse contexto, nasceu e cresceu a CF. Em 20 de dezembro de 1964, os bispos aprovaram o projeto inicial da mesma, intitulado: “Campanha da Fraternidade: pontos fundamentais apreciados pelo episcopado em Roma”. Em 1965, tanto a Cáritas quanto a Campanha da Fraternidade, que estavam vinculadas ao Secretariado Nacional de Ação Social, foram vincula-das diretamente ao Secretariado Geral da CNBB. A CNBB passou a assumir a CF.

Nessa transição, foi estabelecida a estruturação básica da CF. Em 1967 começou a ser redigido um subsídio, maior que os anteriores, para a organização anual da CF. Nesse mesmo ano, iniciaram-se, também, os encontros nacionais das Coordenações Nacional e Regionais da CF. A partir de 1971, tanto a Presidência da CNBB como a Comissão Episcopal de Pastoral começaram a ter uma participação mais intensa em todo o processo da CF.

Em 1970, a CF ganhou um especial e significativo apoio: a mensagem do Papa, transmitida em cadeia nacional de rádio e televisão, quando de sua abertura, na Quarta-feira de Cinzas. A mensagem papal continua enriquecendo a abertura da CF. De 1963 até hoje, a CF é uma atividade ampla de evangelização desenvolvida num determinado tempo (Quaresma), para ajudar os cristãos e as pessoas de boa vontade a viverem a fraternidade em compromissos concretos, no processo de transformação da sociedade, a partir de um problema específifico que exige a participação de todos, na busca de alternativas de solução. É grande instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão, renovação interior e ação comunitária, como a verdadeira penitência que Deus quer de nós em preparação à Páscoa. É momento de conversão, de prática de gestos concretos de fraternidade, de exercício de uma verdadeira pastoral de conjunto em prol da transformação de situações injustas e não-cristãs. É precioso meio para a evangelização no tempo quaresmal, retomando a pregação dos profetas, conformada por Cristo, segundo a qual, a verdadeira penitência que agrada a Deus é repartir o pão com quem tem fome, dar de vestir ao maltrapilho, libertar os oprimidos, promover a todos.

A CF tornou-se especial manifestação de evangelização libertadora, provocando, ao mesmo tempo, a renovação da vida da Igreja e a transformação da sociedade, a partir de problemas específicos, tratados à luz do Projeto de Deus.

 

 

Vem ai nova Campanha

Estamos no início de um novo ano. Se, por um lado, ele vai repetir uma série de eventos aos quais estamos acostumados - sejam de ordem natural, como a primavera, o verão, o outono e o inverno, sejam culturais, como o carnaval, a semana santa, as festas juninas etc. - , por outro, deve significar avanços históricos e existenciais, para que não seja um ano morto ou apenas um a mais, mas contribua para a realização de todas as pessoas.
Nese contexto, situamos a Campanha da Fraternidade. Mais um evento que se repete? Sem dúvida! A Igreja no Brasil e o povo brasileiro em geral já têm a campanha da fraternidade cini akgi qye faz parte de suas vidas durante o tempo da Quaresma. Simplismente mais uma? Certamente não! trata-se de nova campanha. Tem novo tema - "Fraternidade e defesa da vida" - e nova abordagem da bioética. Novos aspectos serão analisados, tendo em vista nossa maior adesão ao projeto do Deus da vida que se torna manifesto na festa da Páscoa.
Este ano a Campanha da fratrernidade vai começar mais cedo, pois a quarta-feira de Cinzas, data que marca o seu início, ocorrerá no dia 6 de fevereiro. Por isso convém acelerar a nossa preparação. Precisamos preparar nossos agentes de pastoral de acordo com o conteúdo do Texto-Base e distribuir os cartazes, os subsídios para grupos de reflexão, os encontros catequéticos, escolares e juvenis, os folhetos quaresmais etc. Precisamos também aprender o hino da Campanha da Fraternidade será um marco na nossa história de valorização e defesa da vida, fato que nos fará crescer muito, principalmente diante de Deus.

 

 

 

                          A CATEQUESE FAZ HISTÓRIA NA HUMANIDADE

No novo testamento, o termo “catequese” significa dar uma instrução a respeito da fé. Em sua origem o termo se liga a um verbo que significa ”fazer ecoar” (Kat-ekhéo). A Catequese, de fato, tem por objetivo último fazer escutar e repercutir a palavra de Deus. (Catequese Renovada pág 18 nº 31)

A HISTÓRIA DA CATEQUESE

Catequese como iniciação à fé e vida na comunidade
Primeira fase: estende aproximadamente, do século I ao século V. No tempo dos Apóstolos, a vivência fraterna da comunidade, celebrada principalmente na Eucaristia maneira de representar e traduzir a mensagem do Cristo Ressuscitado (1Cor 11, 17-29). Havia uma admissão dos catecúmenos de três anos, que buscavam:

- Compreender melhor a fé
- Deixar de lado os costumes pagãos
- Realizar um tempo de conversão e santificação


Catequese como processo de imersão na cristandade
Segunda fase: Nesse período que vai mais ou menos do século V ao século XVI, a catequese já não consistia tanto numa iniciação à comunidade como se vê na primeira fase. A sociedade se considerava animada pela religião cristã, que estabeleceu uma aliança entre o poder civil e o poder eclesiástico, tal fato denominou-se de cristandade.

Catequese como instrução
Terceira fase: A partir do século XVI, a catequese passa a valorizar mais aprendizagem individual, na qual já não era tão marcante a ligação com a comunidade. Alguns fatores contribuíram para essa instrução tais como:

- A descoberta da Impressa
- A difusão das escolas
- A preocupação com uma maior clareza das formulações cristã.

Catequese como educação permanente para a comunhão e a participação na comunidade de fé
Quarta fase: no século XX, a catequese faz redescobrir a importância fundamental da iniciação cristã e o lugar primordial que nela cabe a comunidade.

CATEQUESE, UM MISTÉRIO DE DEUS

De onde vem o chamado para ser Catequista?
Vamos ver de onde vem o chamado de Deus para o ministério de ser catequista:

Os que seguem Jesus e são batizados formam a Igreja.
Igreja – Convocação
(grego) – assembléia

É assim o povo de Deus que se reuni e esse povo tem uma missão:
“Ide, pois, ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do pai, do filho e do espírito santo”. (Mt 28,19)

Assim desde o inicio da Igreja existem os ministérios:
Ordenados – Bispos
Padres (presbíteros)
Diáconos

Bispo: Chefe da Igreja particular ou Diocese. É uma pessoa chave na Igreja, recebe o sacerdócio em plenitude e a ele são dados todos os ministérios.

Padre: Colaborador direto do Bispo na evangelização e na distribuição dos ministérios. Pode ser: Diocesanos e Religiosos.

Devem: Pregar o evangelho; presidir a eucaristia; exercer o ministério dos sacramentos a eles confiados; animar, coordenar e orientar a comunidade.

Diácono: do grego (diakonia) – serviço
Podem ser: Permanente – como ministério permanente ou Provisório em preparação para ser Padre.

Não ordenados – (Leigos) – toda a comunidade Igreja, todos aqueles que, recebendo o Batismo, resolvem assumir o seu papel na comunidade. Entre esses, nós, catequistas.

“A Igreja para cumprimento de sua missão, conta com a diversidade de ministérios. Ao lado dos ministérios hierárquicos, a Igreja reconhece o lugar dos ministérios desprovido de ordem sagrada. Portanto, também os leigos podem sentir-se chamados ou ser chamados a colaborar com os seus pastores a comunidade eclesial, para o crescimento e vida da mesma, exercendo ministérios diversos, conforme a graça e os carismas que o senhor aprouver conceder-lhes.”
(puebla 804)

CRISTO É O CENTRO DA CATEQUESE

No centro da catequese encontramos essencialmente a pessoa de Jesus de Nazaré, filho do Pai. Que morreu por nós e agora ressuscitado vive conosco para sempre (catecismo IC 426).

FINALIDADE DA CATEQUESE

Levar a comunhão com Jesus Cristo: só ele pode conduzir ao amor do Pai. Portanto aquele que é chamado a ensinar o Cristo deve conhecê-lo. É desse conhecimento de Cristo que jorra o desejo de anunciá-lo, de evangelizar e de levar outros ao “sim” da fé em Jesus (catecismo da IC 428 e 429).

QUEM É O CATEQUISTA?

O Catequista é antes de tudo alguém que escuta e atende o chamado de Deus (Mt, 9, 37-38). Ele é um mestre em doutrina religiosa, que enviado por Deus, vai despertar e cultivar a fé dos catequizados (catecúmenos).
O Catequista é alguém de muita vocação (Ef, 4,1. 2Ts, 1,11).

Virtudes do Catequista:

• Catequista é um mestre de oração (catecismo da IC. 2663).
• O Catequista é um mediador, que facilita a comunicação entre Deus e o Homem (diretório geral para catequese pág. 162, cap. 156).
• O Catequista é um intérprete da igreja junto aos catequizados (catequese renovada 26, pág 56).
• O Catequista é alguém que catequiza em nome de Deus e da comunidade profética. Em comunhão com os pastores da igreja (catequese renovada 26, pág 56 nº 146).
• O Catequista é testemunha ativa do evangelho em nome da igreja (diretório geral para catequese pág. 165)

A QUEM É DESTINADO A CATEQUESE?

É destinada a todo o homem, de modo particular os pobres e os menos favorecidos (diretório geral para catequese pág. 172).


A todo batizado porque é chamado por Deus a maturidade da fé (diretório geral para catequese pág 175 nº 167)

A comunidade cristã é a origem, lugar e a meta da catequese (diretório geral para catequese pág. 251 nº 253).

A comunidade eclesial de base (diretório geral para catequese pág. 259 nº 263)

Aqueles que desconhecem ou recusam a Deus (Catecismo da IC. nº 49).

MISSÃO DO CATEQUISTA

A missão primordial da igreja é anunciar a Deus e testemunhá-la diante do mundo (diretório geral para catequese pág. 25 nº 23)

Anunciar o reino de Deus como o próprio Jesus o fez sendo enviado (diretório geral para catequese pág. 37 nº 34)

Transmitir aos catequizandos a viva experiência que ele tem dos evangelhos (diretório geral para catequese pág. 65 nº 66)

Conservar fielmente o evangelho a todos aqueles que decidiram seguir Jesus (diretório geral para catequese pág. 76 nº 78)

O Catequista dedica-se de modo específico ao serviço da palavra tornando-se porta-voz da experiência cristã de toda a comunidade (catequese renovada 26 pág. 55 nº 145)

A CATEQUESE É UM MINISTÉRIO, PORTANTO UM SERVIÇO

A Catequese é uma prioridade em toda a Igreja, “A Catequese é uma urgência. Só posso admirar os pastores zelosos que em suas Igrejas procuram responder concretamente a essa urgência, fazendo da catequese uma prioridade” (João Paulo II, encontro com os Bispos em Fortaleza 10/07/1980).

A Igreja precisa de catequistas, porém, catequistas conscientes com a missão de:
CATEQUIZAR, ENSINAR E EVANGELIZAR.

CARACTERÍSTICAS DE UM BOM CATEQUISTA

• Espiritualidade profunda – rezar e testemunhar o cristianismo, não perder nunca a intimidade com Deus.

• Integração na comunidade – Participar ativamente de toda a vida da Igreja. O catequista deve exercer o ministério de forma continuada e permanente.

• Senso crítico – ler, estudar, e analisar coerentemente os fatos da Igreja do mundo. A alienação é um mal que jamais deve tomar o catequista.

• Animação – saber ouvir e dialogar, buscar não mostrar dúvidas e insegurança, animar de tal forma o encontro de catequese, que leve o catequizando a um conhecimento gostoso da doutrina da Igreja.

• Qualidade humanas – didática, psicológicas, equilíbrio, carinho.

• Formação doutrinária – buscar conhecer a doutrina católica, estudar sobre seus diversos aspectos, através de leituras, cursos etc.

Ser catequista não é ser professor. Aulas são dadas na escola. Os encontros de catequese têm a preocupação de anunciar Jesus e levar o catequizando a uma aproximação maior com a Igreja.

Por ser considerado pelas crianças como modelo, o catequista deve dar testemunho daquilo que prega, de viver o que anuncia.
O essencial a um bom catequista é o AMOR, daí emana:
- Compreensão
- Carinho
- Dedicação
- Atenção
- Preparação
- Serviço

A CATEQUESE É UM PROCESSO PERMANENTE

A catequese não se restringe apenas à preparação para 1ª Eucaristia. Antigamente muitos pais, diante da preparação para 1ª Eucaristia queriam ver seus filhos o mais rápido possível fazendo ou recebendo a comunhão.


O catequista deve deixar bem claro que primeira comunhão não é um evento social, onde se desfilam as roupas bonitas, mas ninguém se preocupa em dar continuidade à vida da Igreja, da mesma forma os outros sacramentos, daí a importância das reuniões com os pais, movimentos paroquiais.

CATEQUISTA MESTRE EM ORAÇÃO

“O exemplo de Cristo orante: o Senhor Jesus, que passou pela terra fazendo o bem e anunciando a palavra, dedicou, sob o impulso do espírito santo, muitas horas a oração. O cristão, movido pelo espírito santo, há de fazer da oração motivo de sua vida diária e de seu trabalho. A Igreja que ora em seus membros une-se à oração de Cristo” (puebla 932).

Por isso durante toda a sua vida o catequista deve ser uma referência em oração, e o grande incentivador de seus catequizandos. O catequista tem esse dever de levar o catequizando a compreender a necessidade desse encontro pessoal com Deus na oração, quem não tem um contato diário com Deus na oração, não é capaz de compreender a própria missão que está no coração do pai, a oração nos leva à ação.

A oração deve ser:

Simples – porque Deus é simples, e se manifesta na simplicidade.

Sincera – nós devemos ver Deus como um amigo.

Cheia de amor – Deus é amor, daí é preciso estarmos também com a disposição para amar.

A CATEQUESE LEVA A BÍBLIA

A bíblia é o livro da catequese por excelência (catequese renovada 26, pág 58 nº 154). O catequista deve fazer uma catequese inteiramente baseada na bíblia, buscando na palavra de Deus a base do ensinamento do catequizando, o catequista tem a obrigação de ter um profundo conhecimento da sagrada escritura.

O CATEQUISTA E A EUCARISTIA

A celebração eucarística, centro da sacramentalidade da Igreja e presença mais plena de Cristo no meio da comunidade, é o centro e o ponto culminante de toda vida sacramental. (puebla 923)

A eucaristia está no centro da liturgia, e em redor dela todos os outros sacramentos, por isso o catequista tem que ser espelho de uma fidelidade constante ao corpo e sangue do senhor.

ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS PARA O CATEQUISTA

Ao iniciarmos uma caminhada catequética é necessário ter um momento para maior entrosamento entre os catequistas da comunidade. Para isso é necessário um encontro semanal para preparação dos encontros, partilha de idéias e experiências de trabalho. Também um encontro mensal, para se fazer uma avaliação das atividades desenvolvidas no referido mês, seguida de um momento de espiritualidade.

COMO FAZER UM ENCONTRO COM OS CATEQUIZANDOS

Ao prepararmos o Encontro de catequese, devemos nos preocupar com o catequizando: sua vida, suas expectativas.

QUANTO AO LOCAL DO ENCONTRO

• Deverá está em ordem, limpo e agradável. Os catequistas podem convidar os catequizandos para ajudar na arrumação.

• Utilizar cartazes, figuras sobre o tema em questão, enfeitar o ambiente para despertar nos catequizandos interesse pelo tema.

• A Bíblia deve ocupar lugar de destaque no local do encontro. Usar flores, toalhas e velas sempre que possível.

• Os catequizandos deverão sentar-se em círculo, para que todos possam ver a todos. Essa é uma maneira de discerni sobre sala de aula e sala de encontro de catequese.

QUANTO AO ACOLHIMENTO

• Para acolher bem os catequizandos o catequista deverá chegar um tempo antes do horário de inicio do encontro para receber a todos com igual atenção, sem demonstrar preferências.

• Ter um momento de diálogo com os catequizandos, questionando-os sobre o que fizeram durante a semana, como estão se sentindo, o que desejam receber na catequese. Não deve ser um relatório mais sim uma conversa espontânea.

• O ponto de vista do catequizando deve ser respeitado, e sua opinião ser ouvida com bastante atenção.

• O catequista deve dizer sempre a verdade. Se não souber responder a alguma pergunta, deverá se comprometer em procurar a resposta e trazer no próximo encontro.

• Não chamar a atenção dos catequizandos na frente de outras pessoas.

• Se o catequizando tiver algum problema, o catequista deve procurar ser amigo dele para ajudá-lo a superar suas dificuldades.

• Criar dinâmicas de acolhimento e no decorrer do encontro.

QUANTO À LINGUAGEM

• A linguagem deve ser clara, coerente e simples:

• Nunca falar em tom infantil, mas naturalmente, com firmeza e simplicidade;

• Ter atenção com determinadas palavras que costumamos usar: Catequese não é um curso, nem escola. Em vez de “aula” falar “encontro”. Não fazer “provas” nem dar “notas” nem castigos. Que o relacionamento não seja de “professor” e “aluno”.

• Essas coisas existem na escola, mas não na catequese, que é o encontro do catequizando com Jesus Cristo e com a comunidade.

QUANTO A ORGANIZAÇÃO

• O Catequista deve utilizar uma pasta com materiais para anotar os dados principais do catequizando: Idade, endereço, escolaridade etc.

• Anotar também a freqüência nos encontros.

• Fazer uma ficha individual de participação para assim acompanhar o catequizando.

ORAÇÃO DO CATEQUISTA:

Senhor, tu me chamaste a ser catequista na tua Igreja nesse imenso Brasil, na tua comunidade que também é minha. Tu me confiaste a missão de anunciar a tua palavra, de denunciar o pecado, de testemunhar, pela minha própria vida, os valores do evangelho. Recuo diante do teu chamado. É pesada, Senhor, a minha responsabilidade. Mas, se me escolhestes confio na tua graça. Caminharemos juntos, Senhor, tu, apoiando-me, iluminando-me; eu, colocando-me à tua disposição, à disposição da tua Igreja, preparando-me, atualizando-me sempre mais para servir melhor o teu povo. Faze-me teu instrumento para que venha o teu reino, reino de amor e paz, de fraternidade e justiça, reino, onde Deus será tudo em todos. Amém.

 

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